quarta-feira, 23 de junho de 2010

Nolet Rampionset

Que é como quem diz "Campeonato do Mundo" em Afrikaner.

Dia 22 de Junho a vez tocou-me a mim.
É só carregar no link para ouvir.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Agarra-me esta noite

Vou falar de algo que creio que 80% da população Portuguesa já viu: a queda do Pedro Abrunhosa no "Ídolos" de domingo. Acho que numa altura destas, temos que ser pragmáticos: as revistas cor de rosa andam atrás de tudo e mais alguma coisa e não conseguiram prever aquilo. Mas como é que isto é possível? Se alguém que aparece nessas revistas dissesse "Epa estou farto desta situação", dois dias depois era logo capa de revista. Já se está mesmo a ver: "Primo de amigo de primo de Pessoa Y diz que Pessoa Y está com uma grave depressão e ameaça o suicídio.". Ora, o Pedro Abrunhosa escreve uma música cujo título é "Agarra-me esta noite" e ninguém o leva a sério. Por favor, mais directo ele não podia ser. Pediu expressamente que o agarrassem e ninguém foi capaz de o fazer. Claro que não se ia dizer quando é que ia ser preciso fazê-lo, mas também nunca ninguém viu alguém dizer o dia em que se vai suicidar. Tem que se estar atento. Não se podia deixar andar por aí o Pedro Abrunhosa sozinho depois das 20h. Ninguém esteve lá por ele. Deixaram-no quase paraplégico para poderem dar 2 ou 3 boas gargalhadas. É assim o nosso povo.
Analisando o momento, já vi falarem de tudo. Do beijo convencido que o Pedro Abrunhosa envia ao público antes da queda, do barulho da queda, da asneira do João Manzarra, do salto do João Manzarra, da tentativa de piada do Pedro Abrunhosa quando se levanta, mas ainda não vi ninguém falar do que mais impressiona naqueles 20 segundos surreais: A Cláudia Vieira.
Depois daquilo que se passou ali, a sua reacção é ficar impecavelmente parada, manter a postura e soltar um "ui ui". Mas um "ui ui" sério, sem qualquer emoção. Acho que é preciso ter um auto-controlo do outro mundo para se conseguir reagir assim.
Se eu lá estivesse, era capaz de dizer uma asneira? Era sim senhor. Era capaz de me rir? Era sim senhor. Era capaz de ir a correr levantar o Pedro Abrunhosa? Era sim senhor. Era capaz de saltar como o João Manzarra? Era sim senhor. Até pior. Era capaz de ficar a olhar e dizer "ui ui" sem qualquer expressão facial? Epa não. Não era. Por muito que me custe admitir, não era gajo para isso. Não ia conseguir.
Quando vi em directo, do conforto do meu sofá, a minha reacção foi olhar durante 5 segundos para a TV e perguntar a mim mesmo "Isto aqui aconteceu mesmo? Aquilo era o Pedro Abrunhosa a cair dum palco abaixo não era?" e depois babei-me todo. É o que dá tentar chamar 3 pessoas ao mesmo tempo para verem o que se passou e o melhor que se consegue são uns ruídos idiotas.
Passados 2 dias ainda me custa ver o vídeo. Ainda dou por mim a pensar "Isto foi real?". Ainda dou por mim a sorrir quando me lembro do vulto branco a desaparecer da imagem em menos de um segundo e a fazer pum quando desaparece totalmente. Mas não, nunca nunca nunca dei comigo a pensar ou a dizer "ui ui". Com muita pena minha.

P

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sonhos

Quem é que se lembrou de interpretar sonhos e escrever livros sobre o assunto?
Como é que o esquema funciona? Sonha-se que se se sonhar com x acontece y? Tem-se visões com algum filósofo já falecido? Ou é por entrevista?

Autor do livro: "Boa tarde, estou a ligar para um estudo do Instituto Nacional de Estatística, tem um minutinho?"
Anónimo: "Olhe, nem por isso..estou um bocado mal disposta, tive um sonho que mexeu comigo e quando acordei vi que o meu gato tinha saltado para a prateleira da dispensa e virado um saco de batatas para o chão, e depois andou a espalhá-las por aqui."
Autor do livro: "Ai sim? Então e sonhou com quê, se não for indiscrição?"
(Aposto que normalmente ligam para pessoas já velhinhas, que têm mais necessidade de dois dedos de conversa.)
Anónimo: "Sonhei com o Sócrates.."

E pronto, depois das despedidas deixa cá apontar que quando se sonha com pessoas de orientação sexual duvidosa e que ao mesmo tempo fingem ter um curso superior é sinal que os seus gatos vão mexer em sacos da dispensa.

Agora, claro que também poderá haver outros métodos. Por exemplo, vi nesse mundo que é a Internet o seguinte sonho:

"Sonhar com BALEIA ".

Hmmmmmm estou mesmo a ver a coisa. Portanto, o autor pega e não faz mais nada, deixa mas é ligar para o maior número de pessoas que conseguir e perguntar se já sonharam com baleias.
Portanto a chamada será no mesmo esquema:

Autor do livro: "Boa tarde, estou a ligar para um estudo do Instituto Nacional de Estatística, tem um minutinho?"
Anónimo: "Sim, diga."
Autor do livro: "Queria saber se já sonhou com baleias."
Anónimo: "Ora deixe ver...com baleias. Olhe por acaso já."
Autor do livro: "Então e lembra-se de algo que lhe tenha acontecido depois desse sonho?"
Anónimo: "Aconteceu tanta coisa, porquê?"
Autor do livro: "Por exemplo, deixe cá ver...teve algum caso com uma mulher?"
Anónimo: "Não. Quer dizer, caso como? Tive um, mas foi na justiça. Conta?"
Autor do livro: "Hmm pois, acho que não. E olhe,
por acaso depois desse sonho, recebeu algum tipo de ajuda?"
Anónimo: "Ajuda? Mas você está a insinuar o quê? Sabe com quem está a falar? Sabe? Está a falar com Jorge Nuno Pinto da Costa."
Autor do livro: "Já podia ter dito. Está tudo bem consigo? Olhe vou ter que desligar. Gostei deste bocadinho."

E feito. O autor usou a clássica técnica de ligar a velhinhos e consegue assim saber que o Pinto da Costa sonhou com baleias numa determinada altura da sua vida, quiçá no dia anterior a ter sido eleito presidente do Futebol Clube do Porto. E vamos lá apontar no livrinho que sonhar com baleias é sinal de receber ajuda, todos os fins de semana, após o sonho.

A terceira técnica parece-me óbvia e não necessita de grandes explicações: questionar pessoas acerca de algum sonho, e de seguida brindá-las com três opções. No fim de 100 telefonemas, a opção que receber o maior percentil de votos é realmente a situação que acontece depois de se ter o sonho respectivo.
E agora peço desculpa mas vou ter que interromper este bocadinho. Sonhei que estive a dançar com o Homem Aranha ao som de José Cid e segundo um dos livros de interpretações de sonhos isso quer dizer que se sair à rua por volta de agora vou encontrar a mulher da minha vida mascarada de estudante embrigada.


P

Mergulhos

Quanto mais vejo do jogo do Benfica mais me parece útil um treino por semana em piscina.
Contratem o Michael Phelps.
Se não houver melhor acho que a Diana Chaves era nadadora antes de pensar que sabia representar. O César Peixoto pode bem arranjar a coisa, não se promete é que no fim do treino ainda continuem namorados. O Javi Garcia não brinca, tem mesmo ar de quem leva os treinos a sério.

P

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Discos pedidos

Aviso já que não se vai ouvir música por aqui. Sucede que vou tecer alguns comentários a comentários que fizeram questão de me sugerir.
Em primeiro, a pedido do meu bom amigo Nito (diminutivo de bonito. Não vou revelar a sua verdadeira identidade. Se quiserem saber quem é: é um qualquer gajo giro que vejam a passar na rua. Sim, qualquer um.) a grandiosa expressão, ou parte de expressão "..já dizia o outro.".
"Mas afinal quem é o outro?", perguntou-me ele. E eu não soube responder. Fui até ao café ver o Benfica contra a Naval 1º de Maio e meditei na pergunta durante o jogo. Quase que cheguei à resposta. Eram bolas que não entravam com defesas impossíveis do guarda redes figueirense, e eu só pensava "ai se fosse outro", tanto a rematar como a defender. Estou em crer que o outro também passeou no verdinho numa ou outra jogada, porque vi alguns jogadores equipados de amarelo a cairem ao chão sem que ninguém aparentemente o tivesse provocado.
Em outras alturas já aqui usei o google, mas hoje vou usar a wikipédia. A sabedoria popular mundial diz o seguinte acerca deste famoso senhor:
"O Outro, na abordagem antropológica se refere a uma construção identitária, processo pelo qual um grupo constitui um outro grupo de valores, representações, sentidos. Um dos grandes estudiosos da questão do outro foi Todorov."
Exacto, é isso mesmo. Estive aqui eu a debitar informação e a puxar pela cabeça quando há um bandido (ainda está vivo sim senhor) que estuda esta questão e de certeza absoluta já conseguiu algo mais palpável do que eu.
Posto isto, retiro-me do assunto. Qualquer esclarecimento adicional acerca desta questão contactem o senhor Todorov.

Há uns posts atrás encontra-se um comentário com algumas expressões peculiares. Quero destacar aqui algumas:

"Nem que a vaca tussa."
Quanto a esta só quero dizer duas coisas. Um: BSE. Dois: H1N1.

"Vai pentear macacos."
Quanto a mim parece-me uma actividade nobre e digna de registo. Já viram um macaco? Há macacos com mais e melhor cabelo que o Pedro Barbosa, e aposto que o Pedro Barbosa vai ao barbeiro e ainda por cima paga por isso. Se ele tem direito, porque é que os macacos não hão-de ter?

"Explicar Tim Tim por Tim Tim."
Acho que aqui há erro de ortografia. O que as pessoas dizem mesmo é "Explicar Tintim por Tintim." Se muda algo? Não, não muda. A expressão continua a não fazer sentido, mas pelo menos imaginamos o super repórter com cabelo à Ronald Koeman e calças à Aladino a correr desalmado pelas ruas do mundo e então fica tudo mais fácil de explicar. Agora que pensei no Tintim, é a única explicação que encontro.

P

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Auto-avaliação

Quando uma pessoa abandona o ensino secundário e entra no Ensino Superior esquece-se, pelas circunstâncias que rodeiam esta fase do ensino, de uma pérola da juventude: a auto-avaliação. E quando se lembra da mesma enquanto come esparguete, como é o caso deste que vos escreve, pensa também: para que raio servia aquilo?
Alguém aprendeu algo a fazer e a ouvir auto-avaliações? Algo mais que aquele célebre 2º periodo em que se pediu humildemente um 3+ a matemática à espera de ver um 4- na pauta e depois apareceu realmente o 3+ ? Quantas vezes aconteceu isto? Alguém alguma vez teve uma nota melhor na pauta do que aquela que pediu na auto-avaliação?
"Ai que a auto-avaliação é uma ferramenta para melhorarmos o nosso sentido critico.". Tretas. A auto-avaliação servia unicamente para os Professores perceberem onde estava o limite para nos roubarem. Para saberem quão baixa poderia ser a nossa nota sem que houvesse amuos ou insultos pelas costas.
E servia também para fazer os alunos passarem vergonhas. Qual é a necessidade de toda a turma saber as notas de cada aluno? Os professores não as sabem? Claro que sim, estão mesmo à frente deles na ficha individual. Mas não. Sentia-se um prazer cínico nos professores quando viam os alunos dizer alto, para toda a gente ouvir "Eu este período tive 7 e 10, por isso acho que mereço um 10, porque subi a nota de um teste para o outro. Fui pontual e assíduo e fiz sempre os trabalhos de casa.". E às vezes ainda se recebia como resposta um "Vai ter que falar mais alto que eu aqui não ouvi." do professor. Isto tudo porque o professor reparou que o Quim que estava no fundo da sala não ouviu e portanto perdia a oportunidade de fazer parte do riso colectivo e dos comentários paralelos: "7 e 10 e quer um 10? Que sonhador." ou o clássico "Pontual? Se aquilo é ser pontual eu chego às aulas meia hora antes.".
Pede-se com urgência que acabem com esta imoralidade nas escolas. É de um sofrimento psicológico atroz e em alguns casos pode roçar o sofrimento físico. Ao pé da auto-avaliação, fumar dentro da escola é uma actividade lúdica apreciável.

P

sábado, 18 de julho de 2009

Gripe A(BC da bicharada)

Pois bem, venho por este meio dar um pouco de luz acerca da Gripe A/suína/dos porcos/H1n1/tudo o que lhe queiram chamar. Creio que a gripe antes de mais é sensível e tem sentimentos, e parece que quanto mais feio o nome com que a tratam mais rápido se espalha. A vingança serve-se fria.
Está provado que a probabilidade de falecimento ao contrair a doença é de 0,4% mas no entanto a avalanche de informação sobre esta gripe continua como se esta fosse a doença mais perigosa do mundo.
Há também avalanches de hipotéses para todo este histerismo repentino sendo a publicidade às farmacêuticas aquela que reúne maior quantidade de neve.
O que eu não entendo e acho absurdo é como é que ainda ninguém percebeu o porquê - o verdadeiro porquê - de toda esta publicidade.
Amigos, com toda esta situação o que se pretende é que as pessoas deixem de tirar catota do nariz em público. Sim, o famoso dedo no nariz está a sofrer um ataque dos media tendo em vista o fim desta nobre actividade. Começam com a conversa da higiene, que é preciso lavar muito bem as mãos e para não levar as mãos aos olhos, ao nariz e à boca pois o vírus pode estar em qualquer lado e as mãos estão também elas em todo o lado. Amigos, o que eles querem mesmo mesmo é acabar com o dedo no nariz na fila do trânsito. Quão bom é estar numa fila de trânsito e tirar um ou dois macacos para posteriormente enrolar nos dedos e disparar para onde se quiser? Pela brecha da janela por exemplo. Pois é, acabou. Porque o vírus pode estar no volante do carro e portanto não convém levar o dedo ao nariz.
Estar no supermercado e enquanto se decide a marca de espuma de barbear meter o dedito no nariz afim de que este acto nos ilumine na nossa escolha? Fim. Porque estivemos a mexer nos pacotinhos de arroz e de açucar 2 minutos antes e podiam bem estar contaminados.
Ler o jornal no café e tirar um macaco do nariz enquanto se lê sobre a última vitória do Benfica? Nunca mais. Onde é que andou o jornal? E a chávena de café? Podem estar perfeitamente contaminadas com o vírus.
Ser treinador de futebol e no meio da nervoseira dum jogo importante deixar o dedo escapar para a gruta de cima e fazer algumas escavações? A FIFA pede desculpa mas não vai permitir.
Sendo a arte da limpeza do salão milenar e de índole planetária, parece-me justo dizer que há algures no México um Speedy Gonzalez com um laboratório químico em casa que achou que tirar macacos do nariz era falta de chá e então vai daí e cria um vírus. Que é bem mais fácil do que simplesmente fechar os olhos quando estivesse a ver algo que não lhe agradasse.
Para terminar: de onde é que vem o porco do nome da gripe afinal? Não me parece justo chamarem o senhor anti-dedos-a-tirar-macacos-em-excesso-do-nariz de porco. Nunca se ouviu falar de qualquer antipatia de porcos por macacos, sendo certo que este senhor quando muito é um "burrito" que sente algo bem mais profundo e forte do que uma simples antipatia por macacos. Pelo menos macacos humanos.

P

domingo, 24 de maio de 2009

Gémeos

Não, não é o signo. E não, também não tenho um irmão gémeo. Mas se tivesse, não sei como iria reagir ao facto de olhar para ele ver um gajo igual a mim.

Posto isto, parto para o ponto principal deste meu desabafo: a roupa.
Por favor, pais de gémeos do nosso Portugal, os vossos filhos têm amor próprio e de certeza que gostariam de ter outra coisa própria chamada identidade. Parem de os vestir iguais, já deve ser atroz o suficiente verem-se a mexer em outro lado que não um espelho. A cara já é igual e quanto a isso pouco há a fazer, mas a roupa? Tem mesmo que ser? 

P

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Expressões

Há expressões que não lembram ao diabo. (viram?)

"Não vejo um boi."


Gosto muito quando esta expressão é usada para descrever nevoeiro.
"Tá nevoeiro. Quanto? Epa sei lá, sei que não vejo um boi.".
É simples: se eu estiver em casa e por alguma eventualidade não possuir um boi no meu perimetro de visão, está nevoeiro em casa. Mesmo que não veja nevoeiro nenhum.
Quando não se vê um boi, está nevoeiro. Anotem.


"Dia de pica o boi."

"Bem, vou dormir que amanhã é dia de pica o boi.".
Ainda gostava de ver alguém a picar um boi e sair de lá inteiro. Em vez de dizerem que vão trabalhar não, dizem que vão picar bois para se armarem em durões. Eu nunca tal vi. Mas força, continuem de agulha na mão por esses repastos fora a picar os animais.


"No cú de Judas."

Quem é que nunca ouviu algo como "Peguei no carro, comecei a andar mas perdi-me e fui parar ao cú de Judas."
Tenho pena do Judas. É complicado, mas Deus não dorme. Judas traiu Jesus e para castigo passa os dias a receber viaturas como se fosse uma garagem.
Eu sei que também depende da viatura, mas parece-me justo dizer que todas têm para cima de metro e meio de comprimento. É viaturas e pessoas. O cú de Judas é uma localidade bastante evoluída, dada a afluência e movimento da mesma.


"Onde Judas perdeu as botas."

Acontece por vezes o cú de Judas estar a abarrotar e então em vez de "Estou no cú de Judas", porque não dá para estar , está-se "onde Judas perdeu as botas.". Por mim tudo bem, só não me parece é que Judas usasse botas. Ou andava descalço ou então de sandálias. Mas já não digo nada..


"Enquanto o diabo esfrega um olho."

Para começar: o diabo terá mesmo olhos? Já vi muitos diabos desenhados, já vi pessoas que elas próprias são diabos, enfim..já vi muitos diabos mesmo. Sim, todos eles tinham olhos. Assumindo que o diabo da expressão também os tem, a minha dúvida é outra: Já alguém viu algum diabo a esfregar um olho? Se já, contou o tempo? Foi rápido? Pessoalmente gosto muito de esfregar os olhos e sou menino para ficar por exemplo 2 minutos a esfregá-los. Isto só por gosto. Quando vejo algo que me surpreende então é que pronto, posso eventualmente gastar 10 minutos no acto de esfregar o olho. Vai daí que "Vou lá num instante, vais ver. É enquanto o diabo esfrega um olho." não pode nunca ser associado a rapidez. A não ser que me filmem o diabo a esfregar um olho com um cronómetro ao lado. Se demorar por exemplo 10 segundos e se conseguir notar um ar de satisfação próprio de quem esfregou tudo o que havia para esfregar, então sim, é uma expressão para descrever rapidez. Até lá é uma expressão parva.


"Meter o rabo entre as pernas."

"Levantei-lhe a voz, dei-lhe dois berros e ele meteu o rabo entre as pernas e foi-se embora."
Esta questão de posicionamento intriga-me. O rabo está entre as pernas ou considera-se acima das pernas? É que se é acima, meter o rabo entre as pernas deixa antever uma queda do rabo que pode ser prejudicial à saúde. Deve ser um bico de obra para voltar a por o rabo no sitio, não? Se porventura o rabo já está entre as pernas, parece-me escusado dizê-lo. Também ninguém diz "Olha dei-lhe dois berros que ele meteu o nariz acima da boca e foi-se embora."


"Partir o coco a rir."

Eu não gosto quando me dizem "Vou-te contar uma anedota que é de partir o coco a rir." porque já sei que me espera uma carga de trabalhos. Como já tenho alguma experiência nisto, digo-vos o que fazer quando se virem nesta situação:
1) Pedem ao engraçado para esperar 10 minutos sem contar a anedota.
2) Saem para o mini/super/hiper/o que quiserem mercado mais próximo e compram um coco.
3) Regressam para ouvir a anedota.
4) Mal se comecem a rir atirem o coco ao chão até partir.
5) Está feito. Partiram com sucesso o coco a rir.


"Com a boca na botija."


"O ladrão foi apanhado com a boca na botija."
Hmmm eu se vir alguém com a boca na botija o máximo que posso pensar é que está a terminar com a própria vida. Chamar ladrão a alguém que faz isto parece-me exagerar. E sinceramente, acho que nunca ninguém se tentou suicidar a comer gás pela botija.


"Leva lá a bicicleta."

Quantas vezes já não vi eu pessoas a meio duma discussão virarem-se e dizerem "Pronto, está bem. Leva lá a bicicleta.". Já aconteceu com amigos meus e tudo, mas no fim de contas eu nunca os vi a receberem bicicleta nenhuma. Devia haver uma lei que obrigasse quem diz esta expressão a ir imediatamente buscar uma bicicleta para dar ao individuo que ficou de a levar. É que assim é tudo muito bonito, é o diz que disse mas depois ninguém faz.


"Estou mortinho por..."

"Estou mortinho por chegar a casa."
Quando tiver casa própria espero não falecer quando lá chegar. E muito menos falecer e ainda conseguir dizer sem vida que "estou mortinho.". Mortos a falar parece-me um negócio estranho.

P

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Pepe(nalty)

Penso que toda a gente viu ou ouviu falar da limpeza de pitons que o Pepe fez num adversário. Não percebo porque falam em agressão. O rapaz está a correr atrás de outro que sem motivo aparente se deita no chão e limita-se a usar o tapete humano que foi auto-criado à sua frente para arrancar relva dos pitons. 

Será isto motivo para uma crucificação tão grande em praça pública? A imprensa transformou a atitude num acto bárbaro e qualquer dia o Pepe bate o record de mais tempo sem fazer penaltys. Vai ser vê-lo a empurrar os adversários dentro da área por trás e a rasteirar e eles nem se queixam. E se o árbitro marca penalty eles vão atrás dele.
"Não não, o Pepe não me tocou. Foi simulação. Dê-me amarelo. Tenho uma falta de fair play notável."
Eu acho bem. Não vá a coisa correr mal e o Pepe começar a ver mais tapetes e a sola cheia de relva a não querer sair.

P